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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

RENAN CALHEIROS, PEDE PRA SAIR?

     Vejam só, as pessoas enfim estão se conscientizando e os Maias estavam certo: é o começo de um novo ciclo! A Rede Globo está perdendo audiência e um milhão e seiscentas mil pessoas assinaram uma petição pedindo a remoção de Renan Calheiros. Protestos acontecendo em inúmeras cidades contra o aumento da passagem do transporte "público" e a seleção brasileira de futebol indo mal nos jogos - para bons entendedores -. Pois é, o Brasil estará passando por um processo de transformação? É um bom momento para aqueles políticos de ficha limpa unirem-se com a população. É o momento exato para todos os grupos de movimentos sociais e de transformação social irem às ruas, às escolas e procurarem conscientizar o maior número possível de pessoas. Levar informação para que elas saibam o que está acontecendo e como está acontecendo, pois assim perceberão que quando estão insatisfeitas com a corrupção, com o descaso basta ser um pouco mais crítico para modificar essa situação desgastante.

    Espero não estar enganada e que além desse ato, muitos outros que intimidam os políticos, aconteçam e tenham os resultados esperados. Parabéns a todos que assinaram - assim como eu assinei - e aos que tiveram a iniciativa e concretizaram um objetivo com uma finalidade. Isso é foco! Que esse seja o momento para as pessoas refletirem e, mesmo que seja difícil, que as pessoas não temam. Nesses tempos de crise a rua merece a nossa manifestação.

     A partir de agora basta esperarmos para saber qual será a decisão, de quem será e como será feita e que não paremos por aqui. Exijamos uma solução! Uma condenação aos culpados. Cansei de ver pobre sem expectativa, rico com todos os privilégios e o povo sendo feito de palhaço. Sigamos em frente com esse ato até o dia em que Renan Calheiros seja condenado ou peça para sair.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

NÓS SOMOS O FUTURO DA NAÇÃO!


     Para mudar o sistema político e minimizar relativamente a corrupção é preciso, antes, modificar o homem. Mais especificamente: mudar a educação que o homem tem. Com isso, será possível observar outros pensamentos e críticas feitos pelas pessoas instruídas. Pois, se o homem quer clareza na política, igualdade e justiça ele precisa ser conhecedor dos seus direitos e não dos seus deveres. A industrialização impõe a ideia de que o homem tem, obrigatoriamente, deveres a cumprir. Enquanto que seus direitos ficam à mercê de ninguém. A educação é a real transformadora da sociedade, pois se ela está dando certo para formar trabalhadores, ela, certamente, pode dar certo para formar pensadores.

     Porém, se os grupos (partidos, coletivos, movimentos sociais) não estão organizados para oferecerem uma oportunidade para que a política possa sofrer mudanças e o homem passe a ser mais crítico, dificilmente esses dois processos ocorrerão. Por isso, é importante a organização de qualquer grupo socialista. Com organização, oratória de fácil entendimento e, principalmente, comprometimento é possível obter resultados relevantes no desenvolvimento da sociedade.

     Para o homem ser um ser transformador ele precisa ser compreendido como um, isto é, as pessoas precisam o perceber como alguém que realmente está comprometido com os movimentos sociais, com o desenvolvimento social e com as condições em que elas vivem. Quando isso for percebido, as pessoas o terão como exemplo. Pois, estão abandonadas propositalmente. A pobreza dá lucro. Essa é a ideologia do capitalismo.

     O capitalismo não é um sistema permanente. Ele vai acabar. E não digo isso por que a esquerda está tendo espaço ou por que ela é competente, pois muitas vezes ela não é. É perceptível a desigualdade. Uma minoria possui riquezas, vantagens, oportunidades enquanto que a maioria da população brasileira está esquecida nos cantos das cidades. Além disso, muitos grupos organizam-se com a finalidade de resgatar a percepção das pessoas que estão desiludidas com a política. Portanto, é uma questão de tempo "equilibrar a balança". Sabe-se que para isso precisaremos passar por um processo que exigirá muitos conflitos. Protestos, descontentamentos, discussões, mas sendo persistente e convicto não há como falhar.

    A educação que informa e que faz formar opiniões é alimento para a chamada "revolução" que nada mais é do que o processo de um sistema para outro. Mas só será possível com a manifestação dos jovens. Os estudantes têm capacidade natural para fazerem parte desse processo, para serem os responsáveis por esse processo. Estão constantemente formando opiniões, mudando de opiniões, convivem com as diferenças, lidam com as dificuldades muitas vezes por terem que dividir o dia em estudo e trabalho. São mais aptos a conquistarem o que desejam, pois naturalmente estão no momento em que os objetivos e aspirações se fazem presentes diariamente.

     Quem sabe o que quer, mas não descobriu como fazer, insistentemente por pura convicção, descobre. Quem não sabe o que quer, por pura curiosidade, descobre. Aqueles que não querem descobrir o que lhes fazem felizes, inconscientemente entregam-se para o que lhes fazem felizes. Para quem sabe o que quer e como fazer, não deve hesitar, pois não é possível o certo estar errado. Esse sistema político está adoecendo. Está adoecido. A coragem se manifesta proporcionalmente com os acontecimentos. Quanto mais conquistas, mais resultados que favoreçam os desfavorecidos, a coragem crescerá e nas ruas, não haverá espaço para tanta gente. E na política nunca mais haverá espaço para tanta gente. Nós, jovens esperançosos e convictos dos nossos atos, somos o futuro da nação.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

CARLOS LATUFF EM PELOTAS



      O coletivo Levante trouxe até Pelotas o cartunista Carlos Latuff. Alguns se sentem incomodados com sua presença por conta da repercussão do seu trabalho, mas como ele mesmo diz: “se alguém está incomodado, então estou no caminho certo”. Outros, o admiram e tomam como referência o seu caráter e coragem. O encontro foi feito em um local burguês da cidade, uma ironia positiva considerando as mudanças sociais. A biblioteca pública de Pelotas recebeu, nesta quinta-feira (7), estudantes e não estudantes. Durante a palestra, Latuff criticou a participação da polícia dizendo que: “Brigada Militar comparada a Polícia Militar é escoteiro”. Fez muitas reflexões e contou-nos sobre as experiências que vivenciou nos diversos lugares que teve. Quando foi ao Líbano, esteve em um campo de refugiados, dizendo que aquele lugar lembrava-o muito uma favela do Rio de Janeiro.

    Sendo um homem que usa o seu talento para causas - como ele mesmo diz - justas, não podia deixar de argumentar sobre todos os movimentos sociais e todo o esforço de estudantes e de partidos políticos que se dizem de esquerda no desejo de conquistar um país com igualdades, direitos e oportunidades. Com isso, lembrou-nos que: “o inimigo é um só, então não interessa se certas causas não são diretamente importantes para uma pessoa, uma hora ou outra todos vão se dar mal. O inimigo é grande, por isso devemos nos unir”.

     Acrescentou dizendo: “As pessoas estão em coma. Estão insatisfeitas, mas nada fazem para mudar”.

     E, concluiu afirmando que: “A ditadura já acabou, mas o Brasil não é democrático”.

     Após sua fala, disponibilizou o tempo restante para perguntas. Muitas pessoas aproveitaram a oportunidade. A palestra foi entusiasmante e, para mim, o que mais marcou foi quando ele disse: “Se vocês estão insatisfeitos devem perguntar a si mesmos o que podem fazer para mudar. Seja com o desenho, com a música, com textos, usem o que vocês sabem fazer para mudar o que os deixam insatisfeitos, mas façam!”. Com essa fala ele me fez ter a certeza de que estou no caminho certo e, acredito que, muitas outras pessoas ali presentes tiveram a mesma certeza. Latuff ainda disse que gostou muito de vir ao Rio Grande do Sul e afirmou que nós gaúchos somos um povo especial.

    Fiz uma entrevista com ele que se encontra no link a seguir: http://www.classipel.com/carlos-latuff-em-pelotas-entrevista/